A chegada à casa de um novo animal é um período de adaptação tanto para o novo amigo como para a família que o recebe. Para que esta adaptação seja harmoniosa, ficam aqui algumas dicas.

A chegada à casa de um novo animal é um período de adaptação tanto para o novo amigo como para a família que o recebe. Para que esta adaptação seja harmoniosa, ficam aqui algumas dicas.

A vinda de um animal de estimação para nossa casa, seja ele um gatinho ou um cachorrinho deve ser planeada com todo o cuidado e com antecedência, para assim evitar problemas no futuro para animais e proprietários.

    Estes pequenos seres de ar terno e brincalhão vão ter que se adaptar a um novo ambiente, o que vai depender de vários factores, como a sua idade, o seu temperamento, as experiências vividas até a data e a sua capacidade de aprendizagem. Mas todos os preparativos para a sua chegada são também muito importantes, por isso aqui ficam alguns conselhos para que esta seja feita da forma mais “felina” ou “canina” possível.

  Antes da chegada do gatinho ou do cachorrinho, o proprietário deverá já ter comprado e organizado os diferentes objectos básicos indispensáveis à sua vida do dia-a-dia. Em relação a estes e a algumas situações específicas aqui ficam algumas dicas:


        - Comedouro e bebedouro devem ser colocados longe do local destinado para a eliminação de fezes e urina, ou seja, longe da fralda e/ou do jornal ou da caixa de areia, pois o não cumprimento desta regra poderá fazer com que o animal não utilize esse local para a sua higiene (e o dono acha que ele não aprende a urinar ou defecar no local correcto ou que é pouco limpo);

        - Comedouro e bebedouro não devem ser colocados em cantos das divisões, para que os animais não se sintam encurralados enquanto se alimentam, podendo adoptar comportamentos defensivos para tentar proteger a comida (episódios comuns de agressividade em cães);

        - Comedouro colocado de preferência numa divisão diferente da usada como local de refeições dos proprietários caso dos cães e em locais altos, como prateleiras ou balcões, no caso dos gatos;

        - Locais de descanso com materiais confortáveis em zonas diferentes dos locais utilizados para a alimentação e a higiene e que não sejam pontos de passagem ou pontos com barulhos (exemplos típicos são a colocação da cama junto de portas de saída para varandas ou a cama em cima da máquina de lavar a roupa);

        - O principal local de descanso deverá ser utilizado nas primeiras semanas como um “parque infantil”, isto é, o animal deverá lá ser deixado sozinho por períodos de tempo crescentes e nas alturas em que os donos não estão em casa, com brinquedos interactivos e extras alimentares em pequena quantidade (biscoitos ou alimento húmido), para que se habitue à ideia da separação dos elementos da família e estes momentos sejam associados a coisas boas (reforço positivo);

        - Se o gatinho ou o cachorrinho “chorarem” enquanto estiverem no parque, não ceda à tentação de constantemente o ir espreitar, pois o animal rapidamente vai aprender que obteve sucesso na sua chamada e passa a usar esta forma para chamar a atenção, aumentando a frequência e intensidade com que o faz em situações futuras;

        - Enquanto for muito pequeno ou apresentar muitas chamadas de atenção, poderá deixá-lo no parque com uma botija de água morna e um boneco grande de peluche, que simbolizam respectivamente o calor e a presença corporal da mãe e da ninhada;

        - O local de descanso chamado de “ninho” deverá ter esse mesmo conceito e não o de lugar de castigo, ou seja, o cachorro ou o gato nunca devem ser mandados para lá após uma repreensão e como punição, dado que este será assim associado a algo negativo e poderá deixar de ser procurado;

        - Os objectos de maneio e higiene e actos associados, como a limpeza de orelhas, corte de unhas, escovagem do pêlo, etc. devem ser utilizados no animal mesmo que não haja necessidade de o fazer nas primeiras semanas, mas isto permitirá a habituação à manipulação por parte do dono (dentro do mesmo contexto a manipulação da boca para administração de medicação deverá também praticada);

    Todas estas indicações devem ser realizadas de forma mais rigorosa possível desde o início da introdução do animal em casa e mantidas ao longo do seu crescimento. Criar condições especiais para o seu animal de estimação aquando da sua chegada a casa “porque ele é pequenino” e depois modificar as coisas, por vezes de maneira radical, à medida que este vai crescendo pode levar a problemas comportamentais.

    No cachorro a mudança das regras de jogo faz com que estes sejam mais desobedientes, o treino de higiene seja mais demorado e as “asneiras” sejam mais frequentes, isto porque o cão não entende porque é que antes podia estar/fazer/ter as coisas de uma forma e de repente tudo muda. No gato, independentemente da sua idade, todas as mudanças no ambiente representam grandes factores de stress, que podem desencadear ansiedade e frustração.

 

Dra. Cláudia Cortes

 

 

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